GAC tem estratégia ousada para se afastar das rivais BYD e GWM
Marca chinesa quer entrar com tudo no Brasil com linha diversificada de carros
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A GAC anunciou em meados do ano um investimento na casa dos R$ 6 bilhões, montante próximo ao anunciado pela GM, por exemplo. O volume de dinheiro faz parte de uma estratégia ousada da marca chinesa de entrar no Brasil fugindo da imagem criada pelas conterrâneas BYD e GWM.
“Não somos uma marca de carros elétricos. Temos carros a combustão, híbridos e elétricos”, avisou Marcello Braga, diretor de marketing da GAC Motor no Brasil. A fala foi durante o anúncio de que a empresa fechou um acordo com as universidades federais de Santa Catarina (UFSC), Santa Maria (UFSM) e Estadual de Campinas (Unicamp) para desenvolver motores híbridos flex no Brasil.
Imagem: Divulgação
Alex Zhou, CEO da montadora no país, também falou sobre esses planos e disse que pretende lançar até sete carros em 2025 no Brasil, mas não contou quais são. Falou apenas sobre a variedade de opções entre as tecnologias. O flex deve entrar aos poucos na linha, conforme o desenvolvimento feito em parceria com as universidades saia do papel.
“Primeiro vamos adaptar os motores importados à gasolina brasileira. Depois vamos montá-los aqui e, por fim, fabricar motores flex no Brasil”, disse Zhou.
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A fábrica no país é outro fator ousado na estratégia da GAC (fala-se “gi ei ci”). Zhou conta que a empresa está estudando diversas possibilidades, mas que a ideia é usar uma fábrica já pronta, que seja fácil de se adaptar e começar a produzir o quanto antes. O otimista executivo fala em ter carros nacionais antes do reveillón de 2025 para 2026.
Os carros fabricados no Brasil vão ser os mais populares entre os importados, segundo o executivo. A expectativa é que venham os SUVs GS3 e GS4, o SUV híbrido plug-in ES9, o hatch compacto elétrico Aion UT, o sedã médio RT e os SUVs Aion V e Hiptec HT, também elétricos.
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O Aion Y já foi flagrado no Brasil. É um SUV com jeitão de minivan equipado com motor elétrico com 136 cv de potência e 23 kgfm de torque. São 4,54 m de comprimento e 2,75 m de entre-eixos, ou seja, é maior do que Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. As baterias de 63,2 kWh rendem autonomia de 490 km, segundo o ciclo chinês.
Outro visto por aqui é o Aion Hiptec HT, que se destaca pelas portas traseiras com abertura estilo gaivota. Na China, há versões com motores elétricos de 245 cv ou 340 cv e baterias que vão de 70 kWh a 99,5 kWh. A autonomia vai de 550 a 700 quilômetros no ciclo CLTC.
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Apaixonado por carros desde criança, se formou em jornalismo para trabalhar com automóveis. Realiza esse sonho desde 2006, e participando no AUTOO a partir de 2023